Brigadas de Recolha de Dadores de Medula Óssea

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Esta semana tem sido pródiga em emoções.
Os meus sobrinhos a fazerem anos 3 na mesma semana, e o meu querido filho não estar cá para participar das festas dos primos que eram como irmãos dele.
Amigas a partirem porque a maldita doença reclama mais uma vitória.
Consulta com a psicóloga e a Dra disse que temos que nos resguardar e afastar dessas situações porque, além de ser tudo muito recente, recordar constantemente não é bom para nós.
A medicação tem ajudado bastante. Não há dúvida de que um bom psiquiatra faz toda a diferença.
Toda a gente diz que pareço bem melhor. Mais funcional.
Mas por dentro... por dentro...
Nada nos apaga a memória.
As saudades são constantes e cada vez maiores.
Há uns dias o pai vestiu uma t-shirt do João e foi duro. Por um lado ele estava ali comnosco.
Não o ver, não o sentir, a alegria com que ele vivia tudo, a pressa de viver, a energia dele, até o barulho e a desarrumação me fazem falta.
Só que passa pelo mesmo percebe. É um facto.
Perguntam-me como estou, estou mal. Desfeita, partida, magoada, revoltada com a vida e com o mundo, morta porque me falta um bocado.
Mas respondo vai-se indo.
Mas vai-se indo sempre da mesma maneira.

Sem comentários: